Muito tem se falado destes dois sistemas, o sistema Just in Case é apresentado como vilão. Utilizando ao máximo os recursos disponíveis produzindo em grandes quantidades e fazendo estoque, neste sistema acreditava que antecipar a demanda do mercado e fazer estoque a empresa adquire uma vantagem competitiva e passará a frente dos seus concorrentes.
O sistema just in case é apresentado como a salvação, não existe a preocupação de se utilizar todos os recursos, a preocupação é com o gargalo do processo. O gargalo define a quantidade de peças a ser produzida. Não existe uma preocupação com a eficiência individual, a eficiência resultante na célula de produção é baseada em quanto o gargalo produz. Toda a atenção é focada no gargalo.
Criticamos o Just in Case por maximizar ao máximo os recursos, para que haja a maximização de máquinas e pessoas a solução encontrada na época foi aumentar os níveis de estoque em processo, depois de algum tempo descobriu-se o custo destes estoques em processo. Perdeu-se o controle do nível destes estoques em processo, o sistema ficou confortável para quem faz a gestão dos processos, aumentou as perdas por motivo de qualidade, quando se errar erra muito de uma vez, acabou ficando impossível definir uma data exata de quando o produto será entregue, etc. Necessita de muito capital de giro para bancar os estoques em processos.
Da forma como algumas autores e consultores tem apresentado o just in time, descrito acima, estão esquecendo de quantificar o vácuo no processo de células de produção provocado quando se trabalha somente com a preocupação do gargalo. Dependendo do produto, do tempo de cada atividade da célula de produção, em vários produtos pesquisados descobriu-se uma variação de 10% a 40% de vácuo. Estou chamando de vácuo o tempo que o funcionário fica aguardando processo anterior ser concluído para que ele inicie a sua atividade. Isto representa também de 10% a 40% da folha de pagamento paga mensalmente que não gera produto acabado, ou seja, não gera riqueza. Em se tratando de um produto que dependa de muita mão de obra direta, ou seja, que a folha de pagamento desta mão de obra, seja uma das principais contas a ser paga na empresa. Na sua empresa quanto é este valor?
Todos nós já somos procrastinadores, pessoas lentas, da forma como o sistema está sendo proposto está se contribuindo para aumentar o nível de procrastinação dos funcionários com os tempos menores.
Depois de um tempo trabalhando somente o suficiente para atender o gargalo, parando por causa dos vácuos, este ritmo vira um hábito. Quando se trabalha o peça a peça, é visível a parada, quando se trabalha por lotes, existe uma embromação na execução do processo para que não apareça o vácuo quando olhamos a célula de produção.
Se estudarmos um pouco mais a situação dar para produzir somente o que é necessário para atender a demanda otimizando as máquinas e funcionários em função do tempo disponível e do tempo de cada atividade. Podemos zerar este vácuo otimizando primeiro as pessoas e depois as máquinas.
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