Continuação: “Principais erros cometidos: neste processo”.

Período de baixa nas vendas: Os terceirizados não tem como segurar o seu orgânico, dispensa parte ou todas seus funcionários, não existe continuidade, não se consegue criar uma cultura de produção, no próximo período começa tudo outra vez refazendo o orgânico.

A capacidade técnica de qualquer negócio é formada por pessoas (orgânico) e equipamentos, nesta ordem, se você a cada baixa da produção, se ver obrigado a dispensar todas as pessoas que você treinou, é começar do zero sempre, não existe evolução.

Gerentes e empresários acharam a ideia maravilhosa, fez sentido para muitos e continua fazendo sem se pensar e sem estudar a ideia, sem analisar o que é necessário para uma indústria funcionar neste novo modelo. Alguns gerentes ficaram maravilhados achando que iam trabalhar menos, quantidade menor de pessoas para gerenciar, teremos menos problemas só que os empregadores também começaram achar a mesma coisa, muitos eliminaram o Gerente de nível superior achando que um Gerente menos qualificado administraria este novo modelo de produção. Com o passar do tempo este novo modelo de produção começou a apresentar seus problemas, problemas estes que a Gerência não estava e ainda hoje são pouco os Gerentes que estão preparados para fazer este sistema funcionar. Falta conhecimento de Logística, como tratar com estes terceirizados que não são empregados e sim parceiros somado ao conhecimento do processo produtivo.

Treinamento: Como tudo é terceirizado as empresas não investem mais na formação de alguns tipos de profissionais como: operadoras, auxiliares, revisoras, supervisoras, etc. A idade média destes funcionários está a cada dia aumentando, quase não se vê novos valores surgindo, já existe no mercado uma dificuldade muito grande de se conseguir os profissionais adequados. Os profissionais antigos também não se atualizaram dificultando a implementação de novas tecnologias. O maior exemplo é a dificuldade de encontrar um modelista que faça todo o processo de modelagem diretamente dentro de um CAD sem fazer no papel para digitalizar depois.

Tempo de atravessamento do processo: Ficou muito maior o tempo de atravessamento do processo na grande maioria dos terceirizados, existe uma fila antes de iniciar o processo. Fila esta que não temos como garantir que não vai haver troca na sequência. Com o tempo maior de atravessamento aumenta o custo de capital de giro.

Atraso: Quando o processo de produção era todo interno era usual tirar todos os atrasos provocados por setores que antecedem ao processo industrial e seus próprios atrasos serem tirados estes dentro do processo produtivo recorrendo ao uso de horas extras. Só que com o processo terceirizado isto é muito difícil de se conseguir, o preço pago não suporta pagar horas extras para aumentar o tempo disponível e conseqüentemente ajustar o prazo de entrega, ou seja, tirar os atrasos cometidos por setores antecedentes ao industrial no terceirizado é muito difícil de se conseguir.

O número de terceirizados é finito principalmente no período de final de ano, apesar do grande número de terceirizados que nascem todos os anos o número que fecha também é muito grande. Para sorte nossa ainda está nascendo mais que morrendo terceirizado.

Fidelização: Somente nos casos em que os equipamentos do terceirizado é todo ou grande parte de uma empresa fornecedora de serviço é que se pode exigir fidelização, caso contrário é muito difícil até porque devido à sazonalidade deste setor, ninguém garante serviço o ano todo, existe muito promessa e vontade por parte dos empresários, mas na prática é impossível. Escuto muito também do terceirizado como ser fiel a sua empresa se você não me abastece o ano inteiro.

Segue na próxima semana continuação deste assunto.

S. A. Consultoria Industrial se coloca a disposição da sua empresa para contribuir com um trabalho especializado diretamente na área industrial. Conheça com mais detalhes do nosso serviço marcando uma visita.